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Quadro Clínico e Complicações

               O quadro clínico mais característico do diabetes tipo 1 tem a manifestação de sintomas relativamente rápida (em meses), e o paciente apresenta sede em excesso, aumento da diurese (quantidade de vezes que vai ao banheiro para urinar), fome exagerada, perda de peso importante, além de cansaço e fraqueza. Já no diabetes tipo 2, a instalação do quadro pode ser mais lenta e os sintomas - sede, aumento da diurese, dores nas pernas, alterações na visão e outros - podem demorar a se apresentar, mas, da mesma forma da diabetes tipo 1, se não houver acompanhamento, as altas taxas de glicose no sangue podem favorecer o desenvolvimento de algumas complicações, como:

1. Doença Renal: os altos níveis de açúcar no sangue deixam os rins sobrecarregados e com o tempo, o estresse da sobrecarga faz com que os rins percam a capacidade de filtragem. Com isso, se não tratado, o paciente pode necessitar de transplante ou hemodiálise. Atenção: nem todo paciente que tem diabetes vai desenvolver doença renal, ok?


2. Pés e membros inferiores: Uma das causas mais comuns é o dano que os níveis aumentados de açúcar causam aos nervos, também chamado de neuropatia. Isso pode provocar formigamento, dor (que pode aparecer em forma de ardência ou de picadas), fraqueza e perda de sensibilidade no pé, dificultando a percepção de calor, frio e mesmo de algum machucado – se você pisar em algo pontiagudo como uma tachinha, por exemplo, ou tiver uma bolha porque andou muito naquele dia, pode não perceber. Quando se der conta, a lesão poderá estar bem pior e infeccionada. Além disso, os danos nos nervos podem causar também mudanças no formato dos pés e dos dedos. Por isso, é importante evitar andar descalço e deve-se perguntar aos profissionais de saúde orientações sobre o uso de sapatos confortáveis que não machuquem seus pés.


3. Amputação: Muitas pessoas com diabetes têm a doença arterial periférica. O que isso significa? Que o sangue está tendo dificuldade de passar porque o vaso sanguíneo está estreito devido ao acúmulo de gordura. E o diabetes pode auxiliar nesse processo. Isso acaba diminuindo o fluxo de sangue para os pés. Pode haver também uma redução de sensibilidade devido aos prejuízos que os altos níveis de glicose no sangue causam aos nervos. Essas duas condições fazem com que seja mais fácil a ocorrência de feridas abertas (úlceras) e infecções nos pés, o que podem levar à amputação.


4. Problemas nos olhos: Quem tem diabetes está sujeito a desenvolver alguns problemas nos olhos, como o glaucoma (aumento na pressão dos olhos), a retinopatia diabética (associada a uma menor nitidez na visão e que pode levar à cegueira) e a catarata (formação de uma ‘’nuvem sobre a lente do olho, normalmente, causada por um espessamento do tecido na lente. Dessa forma, a luz que passa pela retina não pode ser focalizada da forma apropriada e a visão fica embaçada). Tudo isso pode acontecer de acordo com os níveis de glicose no sangue. No entanto, se você consegue ter um bom controle desta, é bem provável que apresente problemas oculares de menor gravidade ou nem os apresente. A boa notícia é que, fazendo exames regulares para acompanhamento do diabetes, fica mais fácil manter as complicações sob controle. 

LEMBRE-SE: NÍVEIS ADEQUADOS DE GLICOSE NO SANGUE REDUZ CONSIDERAVELMENTE O RISCO DE DESENVOLVER UMA COMPLICAÇÃO!

Referências:

AUGUSTA, Renata. Diabetes: o que é?. Portal Fiocruz, 2015. Disponível em: https://portal.fiocruz.br/noticia/diabetes-o-que-e. Acesso em: 21 de out. de 2020.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. Complicações do diabetes. São Paulo. Disponível em: https://www.diabetes.org.br/publico/complicacoes/complicacoes-do-diabetes. Acesso em: 21 de out. de 2020.

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