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Quais são os fatores de risco para se ter pressão alta?

Existem algumas características pessoais que podem favorecer o surgimento da Hipertensão Arterial, como a idade, o sexo, a genética e a cor- também chamados de fatores de risco não modificáveis. Assim, quando associados a hábitos de vida inadequados, aumentam o risco de desenvolvimento da doença.

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Em estudos científicos observou-se que pessoas mais velhas, do sexo masculino, de cor preta ou parda, apresentam mais chances de, ao longo da vida, desenvolverem a hipertensão. Assim como, os indivíduos que possuem familiares com essa condição também apresentam risco de desenvolvê-la. Embora esses fatores não possam ser mudados, é importante conhecê-los para ficarmos atentos e impedir complicações!

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Já entre os fatores que podemos alterar, também chamados de modificáveis, temos o excesso de peso e obesidade, o sedentarismo, o elevado consumo de sal, de alimentos industrializados e de bebidas alcoólicas, além do uso do cigarro (tanto os artesanais quanto os industrializados). Esses fatores, também chamados de hábitos de vida, possuem relação com nossos níveis de pressão arterial, aumentando ou reduzindo-os, a depender das nossas práticas diárias.

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Sendo assim, como podemos prevenir a Hipertensão Arterial?

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• Diminuir e controlar o peso e realizar atividades físicas: caminhar, pedalar, nadar ou até dançar em frente à TV por 30 minutos, 5 a 7 vezes na semana, é uma importante forma de prevenir a hipertensão. Mas caso não consiga, não desanime! Você pode realizar sessões curtas de 10 minutos até completar a quantidade de tempo total.

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• Lembre-se, um importante aliado à perda de peso é buscar ter uma alimentação saudável, com maior consumo de frutas, verduras e laticínios (leite, queijo, iogurte, entre outros) e menor consumo de gorduras e alimentos industrializados.

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• Diminuir a ingestão de sal: O consumo ideal de sal diário equivale a uma colher de chá (5g de sal). É importante lembrar que além do sal que adicionamos na comida, há importante quantidade presente em alimentos e bebidas processadas. Assim, é importante evitar a adição extra em alimentos e evitar alimentos industrializados, temperos industrializados, embutidos (salsicha, mortadela), conservas, enlatados.

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• Diminuir a ingestão de álcool: O elevado consumo de álcool está fortemente associado ao aumento da pressão. Dessa forma, os consumidores de álcool devem ter um consumo moderado. O ideal é não passar de duas doses de destilados, duas latas de cerveja ou dois copos de vinho por dia em pacientes do sexo masculino. Para mulheres e pessoas com baixo peso, é recomendado a metade da dose, ou seja, não ultrapassar uma dose de destilados, uma lata de cerveja ou um copo de vinho.

Fique atento!  Só porque você não bebe diariamente não significa que no final de semana você pode “compensar”.

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• Cessar o uso de cigarros: O uso de cigarros também está fortemente associado à elevação da pressão. Assim, é importante interromper o hábito. Nas Unidades Básicas de Saúde são disponibilizados programas gratuitos e eficientes com esse objetivo. Basta procurar a Unidade de Saúde mais próxima.

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Referências: 

- GUSSO, G.; LOPES, J. M. C. (org.). Tratado de Medicina de Família e Comunidade: Princípios, Formação e Prática. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2012. v 2.

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- VIANA, Igor André Cevallos. Fatores de risco modificáveis para o controle da hipertensão arterial: como orientar os usuários de um Programa Saúde da Família do norte de Minas Gerais. Orientador: Humberto Ferreira de Oliveira Quites. 2014. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Atenção Básica e Saúde) - Universidade Federal de Minas Gerais UFMG, Montes Claros, MG, 2014. Disponível em: https://ares.unasus.gov.br/acervo/handle/ARES/5186. Acesso em: 17 out. 2020.

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- Sociedade Brasileira de Cardiologia. 7ª Diretriz de HAS, 2016.

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- Barroso et al. Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, 2020.

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- Cadernos de Atenção Básica nº 37. 2013. Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/caderno_37.pdf. Acesso em 16/10/2020.

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-Promoção da saúde e prevenção de doenças: intervenções comuns às doenças crônicas. Capítulo 4 . Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/estrategias_cuidado_pessoa_doenca_cronica_cab35.pdf.

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- Linha-guia de Hipertensão Arterial Sistêmica, Diabetes Mellitus e Doença Renal Crônica, s. Estado de Saúde, MG, 2013.

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-Hábitos alimentares e fatores de risco para hipertensão arterial sistêmica em escolares. Disponível em: http://www.cienciasdasaude.famerp.br/index.php/racs/article/view/1396/777. Acesso em 16/10/2020.

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